Felipe Meireles, 20 anos, iniciou no judô aos 10 anos e Geferson Júnior, 17 anos, acompanhou o irmão mais velho nos treinos e começou a dar os primeiros golpes no tatame. Naquela época, praticar o judô era para gastar energia dos filhos de Dona Margarida e Seu Geferson, mas logo no começo, os irmãos Meireles já mostraram que queriam mais através do esporte. Em Boa Vista de São Caetano, em Salvador, os atletas são conhecidos, contam com a torcida do bairro e atentos à responsabilidade social, ministram aulas para crianças e adolescentes da comunidade.
Felipe Meireles cursa a graduação de Educação Física e o irmão mais novo, se formou no Ensino Médio e pretende prestar vestibular para o mesmo curso, com a ideia de que juntos eles podem se aperfeiçoar ainda mais no judô.
“Contar com o meu irmão como parceiro de treino é ter a certeza de que seremos os nossos maiores incentivadores. Às vezes um pode estar desmotivado e é ai percebemos a nossa união, pois não só no tatame, somos unidos e nos apoiamos o tempo todo”, destaca Júnior.
O mais velho dos Meireles é tricampeão baiano, foi considerado por três anos o melhor atleta da classe, além do bronze no Brasileiro Regional Sênior e 5º colocado no Brasileiro Final Sênior. Já o caçula, Júnior, ficou com a prata no Brasileiro sub-15, ouro no Sul-americano sub-15, vice-campeão no Brasileiro sub-18, 3º colocado nos Jogos Escolares de 2018, pentacampeão baiano e por quatro vezes, o melhor atleta da sua classe.
“Através do judô vislumbramos caminhos melhores e ter essa perspectiva nos faz querer passar os ensinamentos para os meninos e meninas da nossa comunidade. Em nosso bairro vemos noticiários falando sobre alagamentos em períodos de chuva, criminalidade e etc, mas aqui também têm muitas crianças e jovens que querem através do esporte galgar outros degraus e nós somos exemplo disso”, disse com sensatez, Felipe.
Os irmãos Meireles destacam que o judô baiano vem conquistando cada vez mais espaço, com atletas competitivos, por isso não vacilam e se dedicam diariamente aos treinos. Contudo, ressaltam a importância da disseminação da modalidade em cada município da Bahia, assentindo o judô como ferramenta de inclusão social, pleiteando uma maior iniciativa do poder público enquanto responsável e parceiro direto da Federação Baiana de Judô (Febaju).
Thaís Brandão
Assessoria de Comunicação da Federação Baiana de Judô (FEBAJU)
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