A manhã desta terça-feira (09) foi marcada pela polemica participação do ex-integrante da seleção brasileira, Nacif Elias, naturalizado libanês há três anos. O meio médio foi desclassificado em sua estreia após encaixar, de pé, uma chave de braço, entrada de golpe proibido, no rival argentino Emanuel Lucentti. Nacif Elias reclamou muito ao ser desclassificado e se recusou a deixar o tatame da Arena Carioca 2, discutiu com o juiz e ficou gritando em direção aos mesários. Depois de alguns minutos, o atual vice-campeão asiático, que possuía boas chances de ir longe na Rio 2016, decidiu deixar a área de luta e abandonou o ginásio chorando bastante.
“Fui roubado. Isso é uma vergonha. Treinei muito, é catimba argentina. Arbitragem internacional é uma vergonha, sempre me prejudicam no circuito mundial. O que estão fazendo é uma vergonha porque me naturalizei libanês. Vão me punir por dois anos. Infelizmente não foi dessa vez. Treinei muito. Estou triste por isso”, reclamou Nacif.
Mais calmo e após conversar com a Federação Internacional de Judô, Nacif que havia deixado o local de combates sem os devidos cumprimentos obrigatórios, retornou para fazer a saudação final e pediu desculpas aos juízes, público e tatame. A torcida o aplaudiu de pé e seu técnico chorava copiosamente. “Aceito, né!? Tenho que respeitar a decisão deles. Acato, faz parte. Treinei muito! Hoje, vivo para treinar. Tinha chances claras de medalha. Não desisto nunca, apesar de ser naturalizado libanês”, disse o atleta.
Técnico do judoca, Gabriel Vicentini lamentou a eliminação do seu comandado e destacou que Nacif trabalhou duro para ir longe nos Jogos do Rio. “Foi um ciclo de muito sacrifício, abriu mão de muita coisa. Passamos por muitas dificuldades, sem receber salário. Ele cumpriu o protocolo do judô, mas a gente não concorda com a decisão. Várias vezes isso aconteceu”, afirmou.
*Informações de Globo Esporte