Uma séria lesão no cotovelo e no punho quase tirou Beatriz Santiago, de 21 anos, dos tatames. O judô entrou em sua vida aos oito anos e três anos depois, em sua primeira competição, Bia achou que não poderia mais vestir o kimono. Os prognósticos médicos também a desestimulavam, mas seguindo o conselho do seu avô Seu Valter Santana “Você é diferenciada. Lute por seus objetivos”, ela não desistiu.
Após dois anos com gesso no braço e muitas sessões de fisioterapia, o médico informou que ela poderia retornar à prática esportiva, porém, não para o judô. Foram anos difíceis, pois via seus amigos indo para os treinos e ela queria esse momento de volta. Aos 14 anos, Beatriz até tentou mudar de modalidade, foi para o futebol e fez bonito, participando da seleção municipal feminina. E aos 17 anos, aposentou a chuteiras, visto que sabia que seu futuro no esporte era no judô. Em 2015, a atleta ressurgiu com garra, fé e determinação.
“Eu sempre soube que o meu lugar era no tatame, com o meu kimono e a faixa na cintura. Mas nem tudo são flores: a dificuldade das modalidades olímpicas em ter apoio do poder público é um exemplo, mas isso me obstina sempre a querer mais. Há dois anos perdi minha referência de vida, o meu avô, que foi e é minha maior motivação. Me emociono ao falar dele porque cada vez que entro no tatame, entro para dar o meu melhor. Tempos difíceis, por sua ausência, contudo, sigo sabendo que preciso lutar, aprender mais e mais para chegar cada vez mais longe. Agradeço. Agradeço todos os dias à Deus, coloco o meu joelho no chão e agradeço, pois quem tem Ele na frente conquista tudo”.
Beatriz ainda ressalta a importância em representar Simões Filho e o quanto a orgulha poder crescer no judô levando a bandeira da cidade. E ela estará nos tatames nesse sábado (13), no Ginásio do Serviço Social Industrial (SESI), na V Etapa do Circuito Baiano de Judô, com boas expectativas de trazer mais uma medalha para casa.
“Agradeço imensamente aos meus amigos, familiares e equipe que acreditavam e acreditam no meu potencial como atleta. Eles são fundamentais para o meu amadurecimento no judô, mas sei o quanto ainda tenho a aprimorar, em um caminho longo para chegar aos meus maiores objetivos como judoca baiana. O judô é o meu começo de vida todos os dias”.
Fotos: Jonas Farias
Thaís Brandão
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