É possível identificar “a olhos nus” que atletas que praticam judô apresentam características singulares como a disciplina e dedicação para o aprimoramento técnico. Imagina então para quem tem um pai que é sensei e seu técnico? Pois é, essa é uma realidade vivida por Cauã Schramm, de 14 anos, morador de Boa Vista de São Caetano, em Salvador. Esse laço familiar foi decisivo para que desde os 3 anos, Schramm estivesse nos tatames.
A pouca idade não corresponde à sua seriedade e dedicação no dojô, pois ressalta que o fato de seu pai ser seu técnico acaba exigindo uma postura ainda mais determinada. Sendo assim, Cauã vem se destacando nas competições que participa pela classe sub-15, categoria -53kg e coleciona títulos como campeão Brasileiro Regional (2018 – Rio de Janeiro), vice-Campeão Brasileiro (2018 – Mato Grosso do Sul), tetra campeão Baiano (2015 -2018) e eleito o melhor do ano na Bahia por quatro anos consecutivos.
“A dificuldade que os atletas brasileiros vivem é a questão de apoio e patrocínio, tanto por parte dos governos, quanto por entidades privadas. O judô transforma a vida de muitos atletas e mesmo com essas dificuldades sigo perseverando em meu caminho. Sonho em conquistar uma vaga na Seleção Brasileira, representando a Bahia e principalmente o bairro onde cresci e conheci o judô, pois acredito que mostro para esses meninos e meninas que também podemos e devemos sonhar cada vez mais alto”, destaca o atleta.
O judoísta ressalta que nos bates papos com os alunos do dojô é sempre importante apresentar a realidade enfrentada pelo atleta que tem que abdicar dos momentos com familiares e amigos, mas que as recompensas encontradas no esporte compensam e superam expectativas.
“Sei que tenho uma longa caminhada, mas também sei que colocando em prática valores que aprendi com o judô como humildade, respeito e perseverança, conquistarei cada vez mais meus objetivos. O bairro em que moro tem um alto índice de violência e o judô é uma oportunidade para a comunidade. Meus pais me ensinaram a não desistir dos meus sonhos e no futuro além títulos, quero também ser multiplicador dos ensinamentos do judô e poder contribuir para transformar vidas”, afirma o atleta que pretende fazer graduação em Educação Física.
Fotos: Jonas Farias @jonasfariasfotografia
Thaís Brandão
Assessoria de Comunicação da Federação Baiana de Judô (FEBAJU)
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